top of page

Epílogo extra Darling Love (Valentine's Day)

Foto do escritor: Stefany NunesStefany Nunes

Londres

14 de fevereiro de 1846, no dia de São Valentim


O cartão era ainda mais colorido e refinado do que o do ano anterior.

Primrose Spencer o abriu e sorriu com as palavras amorosas rabiscadas por Phil no papel.

— Querido, você se supera a cada ano. — Ela o abraçou.

Eles estavam na sala de casa naquela manhã fria de fevereiro — e sozinhos, já que a Maggie havia dormido em Garden’s House.

Phil aproveitou o momento a sós do casal e mandou preparar um café da manhã caprichado. Na mesa farta havia dois tipos bolo, pães frescos e as frutas da estação.

— Que bom que gostou, meu amor — ele disse.

— Eu te comprei um também, mas mandei pelo correio. Deve chegar até o fim do dia.

— Com toda a certeza, não se preocupe. — Ele piscou para ela. — O que quero saber é se a senhora pensou em minha proposta atrevida de ontem.

Sim, ela havia pensado. Phil estava animado para viajarem em família. Ele queria tirar uns dias de folga do Fightplace para explorarem as montanhas da Escócia.

— Tem certeza de que Maggie pode vir conosco? — Prim perguntou.

— Ela tem quatro anos! Claro que pode. Maggie vai adorar as vacas peludas das Highlands.

— Sim, é verdade. — Prim sorriu. — Muito bem! Vamos explorar a Escócia! Papai vai ficar animado quando ficar sabendo que vamos passar por lá.

— Ah, mas seu pai irá conosco. Na verdade, quando digo em família, me refiro a todos nós.

— Todos, todos? — Prim franziu a testa.

— Sim. Seus pais, meus pais e nós.

— Uau. Isso vai ser divertido!

Phil se aproximou dela, puxando-a pela cintura para um beijo.

— Por falar em diversão… — Ele ergueu uma sobrancelha. — O que acha de aproveitarmos esse tempinho só nosso?

Rendendo-se aos encantos daquele lorde, Primrose realmente se divertiu um bocado.


***


— Mamãe, para você!

Na sala de música da Mansão Spencer, a duquesa Claire Waldorf encarou a caixa embrulhada em papel cor-de-rosa entregue por seu filho Michael e sorriu. Atrás do menino, seu marido Logan segurava a bebê Viola no colo, parecendo tão ansioso quanto a criança.

— O que vocês aprontaram?

O duque de Waldorf piscou para ela.

— Hoje é dia dos namorados, meu amor. O presente desse ano foi em conjunto: meu e de Mike.

— Abre, mamãe! — O menino de três anos insistiu.

Claire sorriu e suspirou, puxando a fita de cetim perfeitamente ajeitada e desfazendo o laço bonito.

— Vamos ver… — Ela espiou dentro da caixa, arregalando os olhos em seguida. — Ai, meu Deus! É o que estou pensando?

— É uma harpinha! — Michael bateu palmas, fazendo Viola sorrir.

— Uma harpinha linda! — Claire tirou a miniatura do instrumento da caixa, com todo o cuidado do mundo. — Onde você encontrou isto, Logan?

— Mandei fazer num artesão de Somerset. Ela é basicamente uma miniatura de sua harpa oficial.

Os olhos dela umedeceram de emoção. Claire sempre fora muito ligada à música, e o sentimento somente crescia com os anos, especialmente por todos os membros de sua família também compartilharem de sua paixão. Até mesmo Michael começaria a aprender a tocar o violino com tio Charles Maxwell dali a um mês.

O garotinho mal podia esperar.

— Gostou? — Ele encarou a mãe, seus olhos cintilando.

— Gostar? Eu amei, isso sim! — Ela o puxou para um abraço. — Obrigada, meu amor.

Logan deixou Viola no chão, tomando cuidado para que ela se equilibrasse. A menina de um ano já estava dando seus primeiros passinhos há algumas semanas. Ela estendeu a mão para o irmão mais velho, que saiu do colo da mãe e a guiou sala afora.

— Cuidado! — Logan os advertiu, antes de se sentar ao lado da esposa.

Claire passou os braços ao redor do pescoço dele.

— O senhor é um romântico.

— Ora essa! — Logan sorriu abertamente. — E tínhamos dúvidas sobre isso? Gostou mesmo? — Logan quis saber.

— Claro que sim. Vocês são maravilhosos.

— Bem, a senhora não fica atrás, então…

Claire suspirou e fez um carinho no peito dele.

— Fique sabendo que também planejei algo para celebrarmos.

— Hum, e o que seria isso?

— Mamãe e papai vão ficar com as crianças esta noite. O que significa que o senhor, Vossa Graça, tem um compromisso comigo.

Logan mordeu o lábio inferior e, com todo o charme, sussurrou no ouvido dela:

— Pois vamos celebrar esse dia como se deve.

— Eu, você e uns beijos contra a parede?

Ele concordou, travesso.

— Como nos velhos tempos, milady.

Ele a puxou para um beijo apaixonado e Claire quase derreteu.

Era sempre assim, desde que tinham se apaixonado.

Tantos anos depois, Logan ainda era e sempre seria o lorde de seu coração.


***


— Docinho, não.

Victoria Whitford revirou os olhos e bateu a ponta do pé no piso de mármore.

— Nicholas, estou mandando!

— Não!

Argh, que homem teimoso. Aquele cretino australiano era impossível.

— Deixe-me ver como ficou! — ela insistiu.

— Não vou, em hipótese alguma, a lugar nenhum com esse disfarce.

Quando Nicholas saiu da sala de vestir e caminhou até ela no quarto do casal, Victoria teve que se segurar para não rir. Não pelo terno verde-limão que ele estava usando, mas pelo bico enorme naquela cara linda.

Seu marido havia recebido uma missão de última hora e precisaria viajar para Paris em breve. Ele teria que fingir ser um investidor excêntrico, então Victoria precisou improvisar. Eles não trabalhavam em missões de campo desde o caso de Fitzgerald Heart, um ano antes. Os únicos trajes disponíveis eram os que ela encontrou no Departamento.

Deus sabia quem tivera a ideia de costurar um modelo como aquele.

— Ah, não ficou assim tão ruim — ela mentiu.

— Eu pareço uma maldita ervilha ambulante. Ou um vagalume! — Nicholas caminhou até o espelho e fez uma careta. — Olhe este corte. Estou ridículo! Deveriam mandar prender o alfaiate que costurou isso.

— Mas isso é bom. — Victoria se levantou e foi até ele. — O objetivo é que você não seja o homem sensual e atraente de sempre.

Nem mesmo o elogio foi capaz de convencê-lo.

— Não mesmo. Posso até ir viajar, mas irei com meus próprios ternos ou nada feito.

— Como vai fingir ser excêntrico desse jeito? Também já usei vestidos horrorosos em nome do serviço. Um deles era laranja, e eu não gosto nada de laranja.

Nicholas negou mais uma vez e tirou a sobrecasaca.

— Pois eu estou fazendo um favor e tanto ao Departamento, então eles vão ter que se contentar com meus talentos de interpretação. Talvez eu escolha um bigode diferente, ou use uma peruca. — Ele abriu os botões do colete dourado.

Misericórdia, o conjunto estava mesmo de doer os olhos.

— Tem certeza de que isso não vai prejudicar a missão?

— Tenho. Deixe comigo. — Ele ficou em mangas de camisa. — Que horror. Por que parece que perdemos a prática nesse tipo de trabalho?

— Porque perdemos, meu amor. Somos espiões de escritório, agora.

Nicholas sorriu. Victoria sabia que Nicholas, assim como ela, jamais tinha se arrependido de sua decisão de deixar os perigos da vida de agente para trás. Eventualmente, participavam de uma operação ou outra, mas poder chegar em casa em segurança para jantarem juntos e brincarem com Charlotte não tinha preço.

— Bem, tenho que terminar de fazer minha malas, mas preciso cuidar de algo mais importante, antes — Nicholas falou.

— Do quê?

Ele a pegou no colo de repente e roubou um beijo dela.

— Charlotte está com meus pais e ainda temos algumas horas. Vamos aproveitar esse dia dos namorados como se deve. Que tal?

Minha nossa, com o volume de trabalho, Victoria quase se esqueceu da data.

— Aceito! O que quer fazer?

— Um banho relaxante, ou a senhora quer suar primeiro? — Ele piscou e apontou para a cama com um gesto de cabeça.

Arrepiada, Victoria escolheu a segunda opção.


***


As notas do violino de Kitty saíram praticamente afinadas.

Praticamente.

Considerando que Nathan estava ao lado da irmã cantando uma canção que ninguém entendia e que a música era nova, Penelope Maxwell pensou que sua filha estava de parabéns.

E a expressão orgulhosa de Charles ao aplaudir o espetáculo era mais uma confirmação.

— E fim. — Kitty se curvou para a plateia de duas pessoas.

— Muito bem, filha! — Charles bateu palmas. Nathan o imitou, todo animado. Eles eram a cópia um do outro. Penelope ainda ficava impressionada. — A senhorita logo vai roubar meu lugar na orquestra.

Kitty deu de ombros, como se fosse uma mocinha.

— Tio Fitz disse que vai deixar a gente tocar junto. Não é, mamãe?

— Seu tio Fitz costuma ser generoso em sua orquestra. — Ela abraçou a menina. — Parabéns, querida.

— Com licença, pombinhos — Amanda surgiu no cômodo. — Eu vim buscar Kitty e Nathan, assim vocês aproveitam um pouco do dia de hoje.

Penelope havia se lembrado do dia dos namorados, mas tinha certeza de que o Sr. Galã preparia algo especial para ocasião.

Ele era, afinal, um romântico exemplar.

— Vamos? — A duquesa estendeu a mão para Kitty, depois de pegar Nathan no colo.

— Vamos. Tchau, mamãe. Tchau, papai — Kitty disse.

Tiau. — O bebê a imitou.

— Tome cuidado, meu bem — Charles falou.

— Mãe, que horas são? — Penelope perguntou à duquesa.

— Onze da manhã. Sei que é cedo, mas vou dar uma passadinha na casa de Fitz para ver se eles precisam de alguma coisa. Depois ficarei com Theodore e as crianças, não se preocupem.

Amanda havia se mudado da Casa Heart após seu casamento com o Dr. Murphy. Fitz e Gwen continuavam vivendo ali, mas a cunhada não estava saindo muito nos últimos dias, considerando a gravidez avançada e os pés inchados.

— Tudo bem, mas me avise se precisar de ajuda.

A matriarca piscou e levou as crianças com ela, deixando o casal a sós.

Penelope se virou para o homem lindo com quem se casou e sorriu.

— Então, o que nos espera?

Charles a agarrou pela cintura, com charme.

— Ora, ora. Estamos esperando algo, esposa?

Ela se rendeu às carícias dele.

— Estamos, claro.

— Pretendo enchê-la de beijos para começar. — Charles passou a ponta do nariz na curva do pescoço dela. — Depois, vou pedir que faça o mesmo em mim.

— Será um imenso sacrifício. — Penelope riu baixinho e encontrou o olhar dele. — Poderei dizer que amo você?

— Quantas vezes tiver vontade.

— Por que eu sinto que nunca é o bastante?

Charles sorriu, encantado.

— Porque não é. Nunca vai ser o bastante, Penny. Meu amor por você é infindável.

E quando ele a tomou nos braços, Penelope tratou de demonstrar que o amava com a mesma intensidade.

***


Era uma pena que em fevereiro fizesse tanto frio.

Sophia Gerard certamente desejava caminhar mais ao lado do marido, mas o vento gelado tornava tal atividade impossível.

— Entre, princesa. — Marcus empurrou a porta da propriedade de campo deles e deu passagem para ela entrar.

— Feche isso, bonitão. Vou congelar.

— Não vai. — Ele encostou a madeira e tirou a neve do casaco. — É só que escolhemos um mal momento para o exercício. Nosso quarto deve estar mais quente, deixei a lareira acesa.

Marcus a pegou no colo e subiu as escadas como se Sophia não pesasse absolutamente nada. Eles entraram no cômodo aquecido, mas Sophia ainda sentia cada pedaço de pele arrepiado.

— Querido marido, tire suas roupas. Vamos nos aquecer de um jeito muito indecoroso.

Marcus tremia ao obedecer. Sophia se enfiou nua embaixo dos lençóis e observou os músculos desenhados do visconde enquanto ele lidava com a própria roupa.

Fazia três semanas que estavam em Sophia’s House, aproveitando o recesso do Parlamento na casa recém-reformada. Sophia adorava cada cantinho daquele lugar, que ficou exatamente do jeito que ela e Marcus idealizaram.

Ele se juntou a ela, colando os corpos deles para buscarem calor.

— Confesso que estou aproveitando esse momento — Marcus brincou.

— É claro que está.

— Tão logo eu fique aquecido, você será seduzida — a voz dele saiu rouca.

Minha nossa, Sophia mal podia esperar.

— Hoje é dia dos namorados! — Ela se lembrou.

Marcus pareceu demorar um instante para processar a informação.

— Maldição, é mesmo! Eu tinha me lembrado de lembrar, para fazermos algo especial.

— Não se preocupe com isso. Eu também esqueci.

— Mas eu comprei um cartão! — Ele se afastou dela. — Me dê um minuto.

Arrepiado, ele caminhou até a cômoda do quarto e puxou um cartão de papel de dentro. Marcus retornou para a cama e estendeu o cartão a ela.

— Aqui. Feliz dia dos namorados, meu amor.

Sophia sorriu e se ajeitou entre os lençóis, lendo as palavras apaixonadas:

“Soph, eu te amo hoje ainda mais do que ontem e ainda me surpreendo.

Sou um sujeito de sorte por passar a vida ao seu lado.”

— Sei que não é nada elaborado, mas…

— Eu te amo. — Sophia se colocou por cima dele e o beijou. — É perfeito.

— Eu te amo também, princesa. — Marcus fez um carinho no rosto dela.

— Ah, é? Prove. — Ela o desafiou, sabendo que o visconde não recusaria o desafio.

E ela estava certa, pois naquela tarde ele provou seu amor, de novo e de novo.


***


Tessa Spencer parou junto a porta do quarto do bebê e sorriu.

Seu marido estava dormindo na poltrona ao lado do berço, com Maria aninhada em seu peito, igualmente adormecida.

— Ei, lutador. Acorde. — Tessa sussurrou ao pegar a neném de quatro meses no colo.

Baz abriu os olhos cansados.

— O quê?

— Maria dormiu. Venha, vamos aproveitar e tirar uma soneca. — Ela ajeitou a bebê no berço e a cobriu.

Baz bocejou e olhou ao redor, um pouco perdido.

— Nossa, esse choro durou um bocado.

Assim como aconteceu durante a noite toda.

— Ela estava agitada. Agora talvez tenhamos uma hora ou duas, antes de eu ter que amamentá-la de novo. Você vai trabalhar hoje?

— Sem aulas, hoje. Sou todo de vocês.

Eles caminharam até o quarto ao lado e se deitaram juntos, Tessa aninhando a cabeça no peito forte.

A vida havia mudado significativamente após o nascimento da bebê, mas os Spencers de Covent Garden não poderiam estar mais felizes.

— Está confortável? — Baz perguntou, abraçando-a.

— Uhum. Você é muito confortável.

Tessa o sentiu sorrir junto ao cabelo dela.

— Feliz dia dos namorados, linda.

— Feliz dia dos namorados, amor.

— Eu comprei um presente.

— Eu também.

— Quer que eu pegue agora?

Tessa estava de olhos fechados, mas morreria se ele ousasse se mexer.

— Depois. Agora, só quero sentir seu perfume e descansar. — Ela olhou para ele, sonolenta. — Aceito um beijo.

Baz esfregou o nariz no dela antes de tomar a boca de Tessa com paixão.

Meu Deus, aquele homem tinha o poder de arrancar todos os suspiros dela. Com mais de um ano de casada e uma filha nos braços, ela ainda conseguia ficar surpresa.

— Vamos descansar, sim, mas prepararei algo gostoso para comermos mais tarde — ele disse, quando se afastou para encará-la.

— Eu acho ótimo. Nossa princesinha vai adorar o cartão que comprei para você.

— Ah, é? E por quê?

— Ele é pintado à mão, com renda e tudo. E eu escrevi um poema romântico dentro.

— Veja só… Pensei que eu era o romântico da relação.

Tessa revirou os olhos.

— Eu aprendi, ué.

— Pois vou recitar o poema em voz alta, para todo mundo ouvir.

— Pare! — Ela gargalhou. — Não seja um insuportável.

— Até parece que você não conhece esse meu jeito único, desquerida. — Ele a puxou para si novamente. — Beije-me de novo. Me faça parar antes que eu retome os velhos hábitos.

Tessa o fez, e se perdeu no tempo e nos braços dele, esquecendo-se da soneca completamente.


***


— Eu te amo. — Um beijo. — Eu te amo. — Outro.

Ela já havia contado cinco deles. Com as costas apoiadas numa das paredes da Casa Heart, Gwen suspirava nos braços do duque maestro.

— Eu te amo. — Mais um.

— Fitzy, desse jeito vamos ficar assim até o bebê nascer — ela brincou.

Não que estivesse reclamando.

— Eu perdi muitos dias dos namorados nos últimos anos, Gwenie — Fitz sussurrou sensualmente. — Este é o nosso primeiro.

Sim, era. Eles estavam casados há nove meses, mas era o primeiro dia dos namorados oficial desde que reataram seu relacionamento.

E que meses agitados tinham sido, com direito a morte falsa e tudo. Gwen mal conseguia acreditar.

— Eu estou feliz por finalmente podermos comemorar esse dia... — Fechou os olhos quando Fitz beijou a pele do pescoço dela.

— Eu te amo.

— Mas confesso que gostaria de estar mais disposta para comprar um presente para você.

Ele deu um muxoxo.

— Meu amor, nem pense nisso.

— Falo sério. Você merece um presentão.

— Tenho você em meus braços. — Fitz a encarou. — O que mais eu poderia pedir?

— Bem, talvez…

Gwen não conseguiu concluir o pensamento, pois de repente sentiu um líquido escorrer por suas pernas. Ela olhou para baixo, assim como Fitz.

— Gwenie…

— Fitzy, minha bolsa estourou!

— Espere. Isso quer dizer que…?

Ela assentiu, com o coração acelerado.

— O bebê vai nascer.

— Santo Deus, vai nascer! Calma, deixe-me pensar… — Ele passou a mão no cabelo. — Vou levá-la para o quarto!

— Isso!

— Ei, James? — Ele chamou um dos lacaios enquanto a pegava no colo. — Chame a parteira, minha mãe e Theodore, e avise Penelope e os Ruperts que o bebê vai nascer.

O rapaz arregalou os olhos.

— Pode deixar, Vossa Graça! Pode deixar.

As horas seguintes foram agitadas. Gwen começou a sentir as contrações, a parteira chegou, assim como os membros da família. Teimoso como era, Fitzgerald insistiu em ficar ao lado dela durante todo o trabalho de parto.

Muito tempo depois, o choro estridente soou alto no quarto, o som mais lindo do mundo.

Às 23:50h do dia 14 de fevereiro de 1846, Rupert Heart nasceu.

Com o filho nos braços, Gwen encarou a feição apaixonada de seu marido. Ela estava exausta e com dor, mas imensamente feliz.

— Feliz dias dos namorados, meu amor — ela disse, emocionada.

Fitzgerald beijou os lábios dela e chorou.

— Feliz dia dos namorados, querida. Como sempre, você me deu o melhor presente que eu poderia ganhar. — Ele olhou para o bebê. — Seja bem-vindo ao mundo, meu filho.

bottom of page